Para compreender os impactos do processo de modernização dos portos nas condições de trabalho dos portuários brasileiros e seus reflexos na saúde da categoria, a doutora em Saúde Pública, Maria de Fátima Ferreira Queiroz, professora do Departamento de Políticas Públicas e Saúde Coletiva da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), está concluindo um estudo comparativo sobre a organização do trabalho nos portos de Santos e Lisboa. O porto português foi escolhido por ser um ambiente de trabalho europeu e pela influência dos estivadores portugueses em épocas remotas na atividade portuária de Santos.
O objetivo do estudo foi identificar as semelhanças e diferenças de equipamentos utilizados, tipos de atividades realizadas, tecnologias introduzidas, formas de recrutamento e contratação, e os principais agravos à saúde decorrentes do processo de reestruturação produtiva, também em curso na maioria dos portos em âmbito mundial para atender à crescente demanda das transações comerciais entre países. Segundo a professora, embora a precarização do trabalho seja uma realidade em ambos os ambientes pesquisados, os estivadores de Lisboa estão mais sujeitos a acidentes e adoecimentos.
Na edição do Podprevenir desta semana, Maria de Fátima dá os detalhes da pesquisa e explica como o estudo pode contribuir para uma reflexão da categoria, visando à melhoria das condições de trabalho dos portuários brasileiros. A professora é também autora do livro Porto de Santos - Saúde e Trabalho em Tempos de Modernização, lançado pela Fap - Unifesp Editora.
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Documentário - O canal de vídeos do site apresenta nesta semana o documentário Dublê de Eletricista, que mostra os impactos do processo de terceirização no setor elétrico brasileiro, por meio de depoimentos de trabalhadores.
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