Quando há dúvidas sobre o desempenho estrutural de um elemento ou quando queremos comprovar a eficiência e resistência de um sistema de proteção coletiva, a alternativa é realizar um teste ou prova de carga.
A técnica também é aplicável para atestar a qualidade de estruturas novas ou que sofreram mudança de uso ou passaram por recuperação e reforço. Logo, se houve alteração no projeto é necessário novo Teste de Carga.
Com o passar do tempo, a pratica de execução do Teste de Carga tem se tornado uma rotina nos canteiros de obra, visto que, o Ministério do Trabalho exige que a construtora responsável pelo empreendimento, comprove a eficiência e resistência de todas as proteções coletivas existentes no canteiro.
Existem vários tipos de Teste de Carga que servem para comprovar a resistência e eficiência das proteções coletivas, e eles são realizados desde o início da obra até a entrega do imóvel ao proprietário.
Cada proteção exige um determinado procedimento de Teste de Carga específico. Existem vários tipos de proteção coletiva. Portanto, existem vários procedimentos de Teste de Carga, que dependem do empreendimento e do caderno de proteções dos mesmos.
1 - Teste de Carga em olhais (ancoragem):
É um teste de tracionamento, usado para ancoragens definitivas ou provisórias e até mesmo para movimentação de cargas. Ela permite a avaliação da sua integridade, de modo a garantir que estão aptos a realizar com segurança as solicitações de carga para os quais foram construídos.
Para Teste de Carga nesses elementos a legislação pede que a carga aplicada seja de 1.500 Kgf.
2 - Teste de Carga em linha de vida (cabo de aço):
O teste consiste em submeter o corpo de prova a um esforço de tração gradativo entre os tubos galvanizados, de modo a atingir a carga desejada. Deve-se levar em conta o projeto de montagem e a estimativa de quantos trabalhadores ficam conectados a esta linha.O cálculo da carga aplica será justamente um fator de segurança que contemple todas essas informações. Neste caso 1.500 Kgf sob a argumentação de que se trata de uma ancoragem provisória do trabalhador. No entanto, dispositivos de ancoragem (fixos ou provisórios) trabalham atrelados ao elemento estrutural da edificação, o que não se aplica a linha de vida.
3 - Teste de Carga em plataforma de proteção (bandeja):
Existem maneiras diferentes de fazer o ensaio nas bandejas, sejam primárias ou secundárias.Um detalhe a ser observado na execução é que, dependendo do processo de ensaio, a integridade da bandeja pode ser reduzida. Isto ocorre, por exemplo, no caso de furos ou recortes no assoalho para aplicação da carga.
A legislação também não especifica a carga a ser aplicada, Nesse caso, deve novamente haver interação entre contratante e contratado, para levar em consideração algumas questões, tais como: número de trabalhadores que vão precisar estar em cima da bandeja em uma provável manutenção e/ou limpeza, o volume de entulho acumulado que a mesma pode apresentar, as dimensões da bandeja, etc.. De posse destas informações, podemos definir a carga a ser aplicada.
3 - Teste de Carga em plataforma de proteção (bandeja):
Quando falamos em guarda corpo, podemos estender a questão à guarda corpo de varanda, de periferia, de escavação, de escada estrutural, de laje, etc..
Um detalhe importante; a legislação nos informa que a peça deve resistir a uma força determinada em Norma no centro da estrutura. No entanto, podemos observar o teste sendo feito de várias formas por diversas empresas.Algumas exercem a carga tanto no roda-pé quanto no travessão intermediário, outras no travessão superior, outras nos três elementos.
O que devemos nos atentar é se a carga esta sendo aplicada no centro da estrutura, como é a estrutura do guarda corpo,em caso de queda do trabalhador, onde a eficiência deve ser comprovada e qual é a peça que deve suportar maior carga (rodapé, travessão intermediário ou travessão superior). Será válido como forma pró ativa e de boa prática, testar os três elementos do guarda corpo.
Considerações Finais
Deve-se evitar Testes de Carga que alteram a estrutura testada e, assim, acabam sendo destrutivos para as proteções coletivas, no momento de comprovar sua resistência e eficiência.
Todas as questões apresentadas e debatidas acima não esgotam o assunto e devem ser conversadas entre contratantes e contratados, para melhor resguardar a construtora e melhor aplicar e validaras proteções coletivas.
Pesquise, converse e tire suas dúvidas.
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